Está prevista para este ano a inauguração do Academy Museum of Motion Pictures, o Museu da Academia do Cinema. O projeto pretende se tornar a principal instituição do mundo dedicada ao cinema.
O novo Museu da Academia será o primeiro museu de LA dedicado à arte da imagem em movimento, oferecer aos visitantes uma visão dos bastidores de como os filmes são produzidos e registrar a história do cinema e de suas inovações, além de mostrar aos visitantes as diferentes técnicas empregadas na elaboração de filmes.
O edifício foi projetado pelo arquiteto Renzo Piano, ganhador do prêmio Pulitzer. Chama a atenção a gigantesca esfera de vidro, aço e concreto que parece flutuar sobre o chão, conectando-se por passarelas ao edifício principal.
A área total soma 3,6 mil metros quadrados. Distribuidos pelos 7 andares da construção estarão dispostas a coleção monumental com cerca de 85 mil roteiros, 100 mil objetos de produção, 190 mil filmes e 12,5 milhões de fotografias, além de 1,7 mil objetos pessoais que pertenceram a Katharine Hepburn, Cary Grant e Alfred Hitchcock, entre outras figuras lendárias da sétima arte.
Será possível, por exemplo, ver os famosos sapatos vermelhos de Judy Garland em O mágico de Oz; as portas do fictício Rick’s American Café frequentado por Humphrey Bogart em Casablanca; a capa de Drácula usada por Bela Lugosi no clássico lançado em 1931; e a mandíbula do “astro” do filme Tubarão (1975), que consagrou Steven Spielberg. O visitante poderá ainda ver as rudimentares câmeras de filmar usadas no início do século passado ao primeiro modelo do Steadicam, estabilizador criado por Garrett Brown em 1974, que dá a impressão de que a câmera flutua, evitando incômodas trepidações na imagem.
Além da exibição de filmes, haverá exposição com cerca de 200 objetos, entre desenhos conceituais, storyboards e ambientes imersivos baseados em filmes como A viagem de Chihiro (2001). Outra atração será a mostra sobre a história dos diretores afrodescendentes americanos e sua contribuição para o cinema.
Bruce o tubarão usado no famoso filme de Steven Spielberg feito de fibra de vidro, é a única versão restante criada para o clássico filme de 1975.
Pesando mais de 540 quilos, é o maior objeto do acervo
Além das exposições, o público poderá também participar de uma experiência em realidade virtual sobre a premiação do Oscar, que vai colocar os visitantes no tapete vermelho mais famoso do mundo, onde poderão treinar um discurso de agradecimento com a estatueta na mão.
Além das exposições permanentes haverá temporárias com curadoria de nomes renomados como Pedro Almodovar que já está confirmado entre os primeiros a organizar exposição temporária dedicada a outros cineastas.
Duas salas de exibição funcionarão ali. A maior, com mil lugares e decorada em vermelho (alusão ao famoso tapete do Oscar), terá uma tela capaz de exibir todos os tipos de filmes, até do antigo nitrato. A segunda sala, em tom verde, terá 288 lugares e programação diária. Se por dentro é um luxo só, por fora a sala enfeita Los Angeles com uma esfera de vidro de 36 metros e o terraço Dolby Family, de onde é possível ter uma vista de 180 graus da cidade, incluindo as colinas e o letreiro de Hollywood.