Engane-se quem pensa que o Líbano é um destino perigoso. Dos países árabes é o mais liberal e ocidentalizado, e o que tem regras de conduta mais flexíveis dando ao turista liberdade e segurança para circular pelo país. Mas, apesar dos costumes liberais atuais o Líbano já foi palco de muitos conflitos de ordem religiosa.
O país tem uma rica história com inúmeros sítios arqueológicos pertencentes ao Patrimônio da Humanidade da UNESCO. Entre as cidades importantes para se visitar além de Beirute estão Biblos, Tripoli e Baalbek.
Em seu apogeu Beirute era chamada de Paris do Oriente. Entre os anos 1950 e 1960 fazia par com as cidades da côte francesa e da riviera italiana como destino chic no verão. Com sua fisionomia francesa (foi colônia da França ate 1944) e costumes árabes servia de refúgio para veraneio dos sheiks árabes e magnatas do petróleo.
Porém disputas constantes entre cristãos e muçulmanos renderam uma guerra sangrenta civil que durou 15 anos, de 1975 a 1990. A cidade foi um dos principais locais do conflito e foi muito destruída. Com o fim da guerra, aos poucos, a cidade foi renascendo e se modernizando. Ainda se vê muitos prédios em ruinas, edifícios perfurados de balas e tanques abandonados pelas ruas. Na região da marina foram erguidos modernos e a caríssimos apartamentos e no centro renovado construiu-se um grande shopping center a céu aberto, o Beirut Souks com muitas lojas de marcas internacionais, restaurantes e bares.
Onde Ficar
Kempinsky Summerland
Instalações amplas, muito luxo e conforto. Área de lazer excelente, várias piscinas e fácil acesso à praia.
Four Seasons
Excelente, supercentral, extremamente confortável e com serviço primoroso como todo Four Seasons tem.
Le Gray
Super bem localizado próximo ao Beirute Souks. Serviço excepcional, quartos luxuosos, com todas as comodidades de um hotel 5 estrelas. A piscina infinita na cobertura é fabulosa, assim como o buffet de café da manhã. Embora os preços sejam caros, vale a pena!
Albergo
Único Relais & Chateaux do país! Esse hotel boutique fica em uma linda casa decorada com uma ousada mistura de Oriente e Ocidente. A piscina fica no último andar rodeada por um jardim perfumado de laranjeiras.
Onde Comer
Tawlet
Apenas para almoço. Originalmente fazia parte da Souk el Tayeb, o Tawlet segue o mesmo espírito do Souk. Não há cardápio: apenas uma miscelânea diária de pratos tradicionais libaneses preparados por fazendeiros de todo o país, que se alternam ao longo da semana.
Liza Beyrut
Ambiente sofisticado. Localizado num casarão com elevador e vários ambientes tipicamente bem decorados. Comida de excelente qualidade, cardápio libanês onde todos os pratos são deliciosos. Vinhos com ótimos custo benefício. Não deixe de ir!
Mayrig
Comida Armênia maravilhosa. Lugar lindo e charmoso. Serviço de primeira. Todos super atenciosos! Custo beneficio muito bom. Refeição com vinho por 70 dólares para o casal.
Leila
Tradicional restaurante na cidade. Cardápio predominante de cozinha libanesa. Pratos deliciosos com bom preço. Localizado na badalada marina de Zaitunay Bay. Imperdível!
Babel Bahr
A beleza do restaurante chama a atenção. Na entrada tem uma passarela sobre a água muito bonita e a vista do mar é incrível.
Tabule, fatoush, coalhada, homus, camarão, mariscos marinados, tudo muito bom mesmo!
Um dos melhores restaurantes da cidade, vale cada segundo!
Em Sheriff
Restaurante mais famoso e renomado no coração da cidade. Menu degustação surpreendente e uma grande variedade de mezzes. Atmosfera acolhedora e decoração única, imperdível!
O Que Fazer
Tiro
Patrimônio Mundial da Unesco, Tiro inclui 2 enormes sítios arqueológicos. Não perca o Hipódromo construído no século 2 d.C., o segundo maior depois do Circus Maximus, em Roma e o Arco Monumental. Em contraste hotéis boutiques e beach clubs como o Turquise Beach Resort.
Balbec
As ruínas de Baalbek, uma das maravilhas do Líbano é programa obrigatório para que visita o país. Trata-se de um dos maiores e mais bem preservados complexos de templos romanos do mundo, construídos entre os séculos 1 e 2 d.C. Está assentada sobre as ruínas de templos de outra cultura: 24 monolitos, o maior deles pesando 800 toneladas, e pedras angulares de mais de 100 toneladas foram usadas por romanos para a fundação de seus próprios templos. Localizada no Vale do Bekaa, a cidade atingiu apogeu durante a época romana. Suas construções colossais foram erguidas ao longo de 2 séculos. O templo de Jupiter é a principal atração. A cidade é considerada pela UNESCO como um patrimônio mundial.
Gruta de Jeíta
Fica 20 km ao norte da cidade, A espetacular Jeita Grotto do Líbano faz uma emocionante viagem de um dia saindo de Beirute. Considerada uma vez como finalista das Sete Maravilhas Naturais do Mundo, esta dramática caverna é dividida em dois níveis: uma gruta inferior e uma gruta superior, que contém a Câmara Branca, que abriga a maior estalactite do mundo.
Bairro Mar Mikhael
Espécie de Soho local tem centenas de restaurantes dos mais diversos tipos é lá que a noite acontece.
Museu Sursock
Este museu de arte moderna e contemporânea, conhecido formalmente como Museu Nicolas Ibrahim Sursock, encontra-se instalado num bonito palácio urbano tipicamente libanês do início do século XX, com influência arquitetônica veneziana e otomana. Trata-se de um museu privado, cujo núcleo da coleção foi formado pelo aristocrata local Nicolas Ibrahim Sursock, que determinou no seu testamento que após a sua morte a sua casa e a sua coleção privada se tornassem num museu. Isso acabou por acontecer em 1952 e em 1961 o Museu Sursock abriu as portas ao público. Na rua onde está localizado o museu se encontram outros bonitos palacetes da mesma época.
Museu Nacional
Museu Nacional, cotado como umas da atração principal de Beirute. É pequeno, interessante e bem organizado, mas dificilmente entrará no seu rol de museus favoritos no mundo. Abriu em 1942, instalado num edifício com arquitetura em estilo Revivalismo Egípcio, mas a sua coleção começou a ser reunida ainda durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1917). Apesar de ter um espólio de cerca de 100 mil artefatos, apenas 1.300 estão expostos. Durante a Guerra Civil, entre 1975 e 1991, o museu sofreu consideráveis danos, mas felizmente a maior parte da sua coleção foi salva. Após o conflito o Ministério da Cultura e Educação do novo governo decidiu investir na reabertura do museu, que reabriu em 1997. encontram-se as mais belas peças encontradas nos muitos campos arqueológicos do país, nomeadamente os de Byblos e Baalbek.
Museu Robert Mouawad
Fundado por foi Robert Mouawad, este museu privado, possui uma rica coleção composta de jóias, mobílias e antiguidades diversas. O próprio edifício, de estilo Neo-Gótico vale a visita, mas a exposição fascinará o visitante, com a variedade de peças que vão do sagrado ao profano, incluindo elementos tão diferentes como o primeiro Corão impresso na Alemanha ou o soutien da Victoria’s Secret usado por Heidi Klum. Robert Mouwad recolheu ao longo da sua vida tudo o que lhe pareceu interessante para montar o acervo do museu.
Praça dos Mártires
Este amplo espaço público ganhou o seu atual nome em 1931, numa homenagem aos libaneses independentistas executados pelos otomanos durante a ocupação do território. Na década de 50, quando o Líbano e Beirute tiveram o seu apogeu, a praça encheu-se de cafés e espaços culturais, tornando-se no espaço de reunião por excelência. Infelizmente durante a Guerra Civil encontrou-se na linha que dividia as facções em conflito e sofreu danos severos. Foi preciso esperar até 2005 para que se iniciasse o renascimento da praça.
Catedral Maronita de São Jorge
Foi construída entre 1884 e 1894, em estilo neoclássico, inspirada na Basilica di Santa Maria Maggiore de Roma. A construção deve-se ao Arcebispo de Beirute, Monsignor Joseph Debs, num local onde tinha existido uma outra igreja dedicada ao mesmo santo, construída em 1755. Durante a Guerra Civil do Líbano (1975-1991) a catedral foi severamente danificada e mas foi restaurada em 1997. Em 2016 inaugurou-se o novo campanário da catedral, que tem 72 metros, exatamente o mesmo que os minaretes da mesquita Mohammed Al Amin, uma mensagem de solidariedade inter-religiosa. Na sua cripta encontra-se instalado um pequeno museu.
Banhos Romanos
As ruínas dos banhos romanos encontram-se no centro histórico de Beirute, rodeados de modernos edifícios do Governo Libanês. Foram descobertos em 1968 e após o fim da Guerra Civil iniciou-se obras de preservação. A cidade romana, Berytus, tinha quatro complexos de banhos, equipados com sofisticados sistemas que permitiam a manutenção de salas de banhos quentes e frios. Atualmente existe também no recinto um interessante jardim mediterrâneo que inclui plantas medicinais que eram usadas pelos romanos para aromatizar as águas dos banhos.