Diego Rivera é um dos mais reconhecidos artistas mexicanos de todos os tempos. Rivera nasceu em uma rica família judia de Guanajuato, em 1886, mas tornou-se ateu ao longo de sua vida. Dono de um espirito revolucionário, expressava através da arte sua forte convicção marxista. Diego Rivera foi casado quatro vezes. Suas esposas foram Angelina Beloff, Guadalupe Marín, Frida Kahlo e Emma Hurtado. O relacionamento com a artista plástica Frida Kahlo (24 anos mais jovem que ele) começou quando Frida foi sua modelo artística. Eles casaram em 1929 e tiveram uma relação bastante tempestuosa, até que se separaram em 1940. Um ano mais tarde reataram a relação e permaneceram juntos até a morte de Frida, em 1954.
Rivera buscou apresentar sua arte para o público de maneira singular. Assim, em detrimento das pinturas de cavalete, pintou grandes murais. Acreditava que somente o mural poderia redimir artisticamente um povo que esquecera a grandeza de sua civilização pré-colombiana durante séculos de opressão estrangeira e de espoliação por parte das oligarquias nacionais, culturalmente voltadas para a metrópole espanhola. Assim como os outros muralistas, considerava burguesa a pintura de cavalete, pois na maior parte dos casos as telas ficavam confinadas em coleções particulares. Dentro deste conceito, realizou gigantescos murais que contavam a historia política e social do México, mostrando a vida e o trabalho do povo mexicano, seus heróis, a terra, as lutas contra as injustiças, as inspirações e aspirações.
Diego é hoje considerado um dos protagonistas do Muralismo Mexicano. Diante de sua grande notoriedade, Rivera foi convidado pelo governo mexicano para realizar alguns murais que estão em vários edifícios públicos como os murais no Palácio de Cortés em Cuernavaca, no Palácio Nacional e no Palácio de las Bellas Artes na Cidade do México e na Escuela Nacional de Agricultura em Chapingo.
Um dos murais mais importantes que Rivera pintou entre 1929 e 1935, a Epopeya del Pueblo Mexicano, está exposta nas paredes da escada principal do Palácio Nacional do México, na Cidade do México. Neste espetacular afresco está retratada a história do México através de eventos políticos significativos desde a colonização espanhola até a revolução de 1910.
O afresco cobre uma área total de 286 m2 dividido em 3 partes, uma central e duas laterais. Do lado direito, a obra representa o México pré-hispânico; no centro representa o México desde a conquista da Espanha ate 1930; e do lado esquerdo está a visão marxista do México do século XX.
O mural foi restaurado em 2009, na ocasião do bicentenário da independência do Mexico celebrado em 2010 e é um “must see” na Cidade do México.