A cidade de Jerusalém é um dos locais mais relevantes do mundo por ser a cidade sagrada de três religiões: cristianismo, islamismo e judaísmo. A cidade é alvo de tensões e disputa constantes entre israelenses e palestinos já que ambos reivindicam o direito de a cidade ser nomeada a sua capital.
As primeiras evidências encontradas da cidade pelos arqueólogos remontam a 3200 a.C.
Por volta dos séculos XIII e XII a.C. os jebuseus estabeleceram-se em Jerusalém e controlaram a cidade até por volta de 1000 a.C., quando Davi, liderando os hebreus e o Reino de Israel conquistou a cidade e transformou-a na capital de seu império.
Davi então nomeou a cidade como Ir Davi (Cidade de Davi) e decidiu construir um grande templo para que a Arca da Aliança, objeto sagrado para os hebreus, fosse ali depositada. Esse feito só foi realizado por Salomão, filho da Davi, que concluiu a construção do chamado Templo de Salomão em 950 a.C. Esse foi o período de maior prosperidade do Reino de Israel.
Em 37 a.C., os romanos conquistaram a Palestina e Jerusalém quando Herodes liderou um cerco contra a cidade. A cidade esteve sob domínio dos romanos até a queda do Império Romano do Ocidente em 476 d.C.
Então os bizantinos (herdeiros do Império Romano) ficaram no controle da cidade até 637 quando foi cercada pelas tropas do Califado Ortodoxo. Com o cerco, Jerusalém rendeu-se ao califa Omar que permitiu que cristãos e judeus continuassem com suas vidas e religião desde que pagassem um imposto.
Essa liberdade de culto dada a cristãos e judeus em Jerusalém foi garantida até o século XI quando surgiu um califa que promoveu grande perseguição contra judeus e cristãos. O califa egípcio al-Hakim ordenou a destruição de todas as igrejas cristãs em seu domínio, entre elas a Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém, cuja reconstrução foi autorizada por seu sucessor.
Foi nesse século que começaram a surgir na Europa ideias que defendiam a necessidade de se conquistar a Palestina, entendida como “Terra Santa” para garantir o trânsito de peregrinos que iam visitar Jerusalém. Assim começaram as Cruzadas.
Por volta de 1517 os otomanos conquistaram a cidade e durante 400 anos Jerusalém foi parte do Império Otomano. Esse domínio só teve fim com os desdobramentos da Primeira Guerra Mundial. Os otomanos aliaram-se com a Alemanha e perderam a guerra.
Com a derrota, o Império Otomano foi fragmentado e a Palestina foi entregue ao domínio dos britânicos. De 1917 até 1920, a região foi ocupada por tropas britânicas. Em 1920, oficializou-se a criação da Palestina Britânica. Os atuais problemas entre árabes e israelenses surgiram nesse período.
O domínio britânico na região só agravou a crescente tensão uma vez que autoridades britânicas haviam garantido a criação de um Estado nacional tanto para os árabes palestinos quanto para os judeus.
Quando foi oficializada a fundação do Estado de Israel, uma junção de países árabes declarou guerra aos israelenses e deu início à Primeira Guerra Árabe-Israelenses. A declaração de guerra aconteceu porque os árabes não aceitaram a divisão da Palestina estabelecida pela ONU. As forças israelenses e árabes lutaram em pé de igualdade, mas os israelenses sobressaíram-se e ampliaram consideravelmente seu território.
Durante essa guerra, Jerusalém – então sob gestão internacional – foi invadida por tropas jordanianas e israelenses que lá permaneceram por anos. Com o fim da guerra Jerusalém permaneceu dividida. Os israelenses estabeleceram-se na Jerusalém Ocidental e os jordanianos estabeleceram-se na Jerusalém Oriental. Essa divisão permaneceu até 1967, quando ocorreu a Guerra dos Seis Dias. Essa guerra ficou conhecida pela fulminante vitória que as tropas israelenses obtiveram contra os árabes. A porção oriental da cidade foi tomada pelos israelenses e desde então Jerusalém tem estado sob a administração do Estado de Israel
Onde Ficar
King David
É considerado o mais tradicional de lá. Lindo, ótimo café da manhã piscina maravilhosa, fitness center de tamanho ideal, massagem top e localização perfeita. O restaurante Mahne Yahuda é ótimo. Faça reserva com antecedência pois vive lotado.
Mamilla
Projeto super-requintado assinado pelos arquitetos Moshe Safdie e Piero Lissoni. As paredes de pedras antigas fazem contraponto às escadas e todo o décor contemporâneo. Decoração chic no último!!
Os quartos têm modernidade na medida e conforto absoluto. Os banheiros têm todas as paredes de vidro e são meio que inseridos no quarto. Para quem quiser privacidade basta acionar um botão e todos os vidros se tornam opacos.
No rooftop tem um belo terraço e a vista da cidade velha é das coisas mais bonitas de se ver. Experiência única jantar olhando para a lua, as estrelas e Jerusalém.
Um shopping a céu aberto logo na saída do hotel faz a alegria de quem gosta de comprar.
Bem localizado. Para se chegar a cidade velha, o souk, e o Muro das Lamentações…tudo a pé!
Onde Comer
Jaffar’s Sweets
Não há melhor lugar para comer doces árabes daqueles cheios de pistache como o baklavá ou o knaffe, do que esse café que está há 60 anos na Cidade Velha.
Arcadia
Restaurante francês que está entre os tops de Israel. O lugar é bem bonito, numa casa renovada.
Adom
Cozinha francesa e uma carta de vinhos respeitável. Fica num reduto boêmio do centro, cercado de barzinhos mais simples.
1868
Restaurante Kosher de cardápio mediterrâneo com toques franceses. Performances de jazz completam a cena.
Rooftop
Mesmo se a comida não fosse boa a vista já valia a ida. E a comida foi boa. Jantar com a vista da cidade velha de Jerusalém numa noite de verão foi sensacional. Vale a pena.
O Que Fazer
Museu de Israel
Eu achei imperdível. Um dos mais belos museus que já fui. A curadoria é espetacular!
Programa para dia inteiro. Tem um restaurante muito bom ito bom para almoçar.
Eu achei imperdível. Um dos mais belos museus que já fui. A curadoria é espetacular!
Programa para dia inteiro. Tem um restaurante muito bom para almoçar.
Muro das Lamentações
Faça o possível para estar em Jerusalém na sexta-feira para assistir ao Shabat no Muro das Lamentações. Vá às 6:00 quando todos começam a chegar e fique até acabar, é uma festa simplesmente inesquecível, maravilhosa e contagiante, não importa a sua religião.
Se você estiver em Jerusalém na sexta não deixe de ir ao muro das lamentações ver a cerimônia do shabat! É muito lindo começa assim que a primeira estrela aparece no céu!
Santo Sepulcro
Acorde às 5:45hrs da manha e vá a pé pelo Jaffa Gate até o Santo Sepulcro. Você terá a cidade velha de Jerusalém só para você, o dia amanhecendo, parece uma viagem no tempo. Quando chegar ao Santo Sepulcro a igreja ainda estará vazia.
No Santo Sepulcro, vá em todos os ambientes, inclusive no teto e na igreja copta etc, é muito interessante ver todas as vertentes do cristianismo e um pouco triste saber que elas não se entendem, tem muitos conflitos entre elas.
Museu do Holocausto
Adicionaria o Museu do Holocausto Yad Vashem em Jerusalém. Maravilhoso, um “must see”.
Sound and Light na David Tower
Assista ao show de som e luz na Torre de Davi, é maravilhoso, um show de tecnologia contando a história de mais de 2 mil anos de Jerusalém.
Parece Spielberg. Procure na Internet e já compre ingresso.
Guias
Zvika Bek +972-50-538-0821. Ele organiza tudo. Desde buscar até levar para o aeroporto. Tem uma van Mercedes pra 10 pessoas. E-mail dele: zvikabek@netvision.net.il. Ele fala português.
Tour grátis pela Cidade Velha
Todos os dias, acho que 14 ou 15 hs, as pessoas pagam só gorjetas para o guia. Sai do Shopping Mamilla.
Escavações do Muro da Lamentações
Outro passeio que se agenda pela internet, é a visita as escavações do Muro da Lamentações. Acharam a bem pouco tempo uma cidade inteira lá embaixo, do tempo de Herodes, super! A visita do túnel PRECISA comprar antes pela internet.
Museu das escavações abaixo do muro das lamentações, se não tiver claustrofobia, achei muito interessante.
Elevador do Tempo
Um simulador bem divertido que te posiciona nos acontecimentos históricos da cidade até os dias de hoje.