O Palácio Fronteira em Lisboa está há 13 gerações na família dos Marqueses de Fronteira. Foi construído entre 1671 e 1672 como pavilhão de caça para João Mascarenhas, o 1.º Marquês de Fronteira. Em 1755 o terramoto que atingiu Lisboa destruiu a casa que os marqueses possuíam na cidade e que servia como a residência principal da família. Eles então se mudaram para o palácio que sofreu algumas reformas. Foi acrescentada uma nova ala, as varandas foram fechadas para ganhar espaço, os tetos brancos passaram a ser trabalhados em estuque.
Mas o que faz o Palácio dos Marqueses de Fronteira ser um “must see” em Lisboa é sobretudo a belíssima azulejaria que se destaca nas paredes do palácio.
a pequena capela revestida de cacos de porcelana é bem interessante. Reza a lenda que o 1º Marquês de Fronteira convidou o Rei D. Pedro para a inauguração do palácio. Nesse tempo, havia a superstição de que tudo o que o rei tocasse não mais poderia ser usado. Assim, depois do jantar com o rei quebraram-se todos os pratos e os seus cacos foram utilizados para revestir as paredes e teto da capela com os cacos, conchas e pedras formando mosaicos..ficou lindo!
De todas as salas, a Sala das Batalhas, onde estão retratados 8 episódios das guerras da Restauração é uma das mais importantes. Foi graças à participação ativa de D. João Mascarenhas nas guerras com Espanha, que ele foi distinguido com o título de Marquês de Fronteira.
O Palácio de Fronteira abriu as suas portas por ação de Fernando Mascarenhas, 12.º marquês de Fronteira, falecido em 2014. Também conhecido como o “marquês vermelho” ele criou no final dos anos 80 a Fundação das Casas de Fronteira e Alorna (atual proprietária e que gere o palácio), abrindo o espaço a iniciativas culturais, científicas e educativas.
O Palácio abre de segunda à sábado e os horários variam de acordo com a época do ano. A visitação é permitida apenas com guias próprios do local.
Mais informações: http://www.fronteira-alorna.pt/