Palácio da Ajuda

Última residência dos reis de Portugal, o palácio é totalmente mobiliado e vale a visita.  Maravilhoso!

O Real Paço de Nossa Senhora da Ajuda foi mandado erguer por D. José I (1714-1777) no alto da colina da Ajuda. Este edifício, construído em madeira para melhor resistir a abalos sísmicos, ficou conhecido por Paço de Madeira ou Real Barraca. Substituía o suntuoso Paço da Ribeira que fora destruído no terremoto que arrasou Lisboa em novembro de 1755.
Em 1761, começou a ser habitado e foi residência da Corte durante cerca de três décadas. Em 1794, no reinado de D. Maria I (1734-1816), um incêndio destruiu por completo esta habitação real e grande parte do seu interior.
Em 1795 coube a Manuel Caetano de Sousa a tarefa de projetar um novo palácio de pedra e cal idealizado em arquitetura barroca.

Depois de muitas idas e vindas o palácio se tornou a residência oficial da corte com a subida ao trono de D. Luís I, em 1861. Alterações do interior do palácio e na decoração começaram em 1862, ano do casamento do rei com a princesa de Sabóia, D. Maria Pia (1847-1911). Um longo trabalho de renovação foi feito desde as paredes aos tetos – forrados, estucados ou pintados de novo –, ao revestimento dos pisos e à escolha do mobiliário para as salas. Tudo encomendado em casas especializadas fornecedoras da Casa Real. Os presentes de casamento e bens trazidos da Itália pela rainha ajudaram a decorar os apartamentos remodelados.
A nova disposição e decoração das salas acompanhou os então recentes padrões de conforto, privacidade e higiene, característicos da mentalidade burguesa do século XIX. Os espaços agora seriam mais íntimos e resguardados. Introduziram-se novas dependências no piso térreo: a Sala de Jantar, para as refeições diárias da família, uma sala de estar – a Sala Azul – e zonas de lazer, de que são exemplo a Sala de Mármore e a de Bilhar; por fim, os banheiros dotados de água corrente, quente e fria. O andar nobre foi reservado para as recepções de gala e o piso térreo foi destinado aos aposentos privados. O Palácio se tornou palco das reuniões do conselho de Estado, das recepções de gala e do quotidiano familiar: aqui nasceram os príncipes D. Carlos (1863-1908) e D. Afonso (1865-1920).

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